“Os Pilares da Terra”, de Ken Follett, primeiro livro da série Kingsbridge, nos transporta ao século XII para acompanhar a construção de uma majestosa catedral, inspirada na real Catedral de Salisbury. Embora Follett seja renomado por seus romances históricos do século XX, ele emprega sua habilidade em detalhar a Idade Média com a mesma maestria.
Com mais de 900 páginas, a obra desdobra-se como uma grande novela, onde Follett habilmente entrelaça as perspectivas de diversos personagens. A leitura é envolvente e acessível, fazendo com que as complexas vidas dos personagens se enredem de maneira fascinante ao longo da narrativa. Cada personagem é tão ricamente descrito, com personalidades que vão desde feministas a figuras perversas, que parecem saltar das páginas para a realidade.
A ambientação é outra joia deste livro: senti-me transportada para a Idade Média, cercada por detalhes históricos que Follett habilmente tece na trama, algo que valorizo muito em uma história. Durante a leitura, experimentei uma montanha-russa de emoções, desde agonia e indignação diante das injustiças retratadas até a esperança de um desfecho justo, apesar de conhecer as realidades da época.
A construção da catedral, repleta de reviravoltas e contratempos, me deixou ansiosa sobre seu progresso. Além disso, a narrativa está saturada de intrigas políticas, lutas pelo poder, e a constante presença de injustiça e crueldade humana.
Adorei “Os Pilares da Terra”. Ken Follett entrega uma narrativa repleta de riqueza detalhista e contextos históricos envolventes. A obra é de leitura fluída e compreensível, embora as descrições vívidas de violência possam ser perturbadoras para alguns leitores. Um aviso fica para aqueles sensíveis a cenas de estupro e violência explícita.
Para quem deseja mergulhar no universo da Idade Média e desfrutar de uma saga épica, “Os Pilares da Terra” é um convite irrecusável para explorar a vida em Kingsbridge. Prepare-se para uma jornada inesquecível!
Nota: 5 de 5 ⭐
Sobre o Livro
- Título: Os Pilares da Terra – KingsBridge #1
- Título original: The Pillars of the Earth
- Autor: Ken Follett
- ISBN: 978-8532527691
- Lançamento: 08/2012
- Editora: Editora Rocco
- Páginas: 944
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Sinopse
Neste livro, o autor procura traçar o painel de um tempo varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural, buscando captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas. Philip, prior de Kingsbridge, luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. A galeria de personagens gravitando em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes.
Sobre o Autor
Ken Follett nasceu na Inglaterra em 1949, estudou filosofia na University College, em Londres, e, após uma pós-graduação em jornalismo, começou a escrever noSouth Wales Echo, jornal de sua cidade natal, Cardiff. Três anos depois, quando trabalhava como repórter no London Evening News, lançou seu primeiro romance, The Big Needle, mas não obteve sucesso. Continuou escrevendo e somente ao lançar O buraco da agulha, em 1978, tornou-se conhecido e foi agraciado com o prêmio Edgar Award. A trama ganhou uma adaptação para o cinema, dirigida pelo conterrâneo Richard Marquand e estrelada por Kate Nelligan e Donald Sutherland. Depois de mais de 15 livros de suspense, em 1989, Follett surpreendeu os leitores ao lançar Os pilares da terra, romance histórico que girava em torno da construção de uma catedral no interior da Inglaterra durante a Idade Média. O livro recebeu críticas entusiasmadas e manteve-se na lista dos mais vendidos do The New York Times por 18 semanas. Na Alemanha, ficou por seis anos entre os mais vendidos. No Brasil, ganha reimpressões sucessivas desde o seu lançamento, em 1991. Além de escrever, Follett toca baixo na banda Damn Right I Got the Blues. Ele é casado com Barbara Follett, e divide o tempo entre Londres e Stevenage.